Quando eu iniciei a prática de Yoga na Devi, eu não imaginava, nem nos meus sonhos mais fabulosos, que eu iria criar vínculos tão fortes e legais no tapetinho roxo. E menos ainda, que eu aprenderia tanto sobre o universo da gestação e da maternidade, mesmos sem ser mãe.
Mas assim tem sido desde o primeiro dia no tapetinho!
Com a turma do meio-dia, composta quase que 100% por uma mulherada incrível, com diferentes formações e experiências de vida, cada aula é um aprendizado extra ásanas. Enquanto a prática não inicia, a conversa e a troca rola solta sobre tudo! De séries de TV (como Outlander e Lucifer, que conheci graças a essas prosas pré-aula) ao que está acontecendo na cidade e no mundo agora. De consciência humana a mitos e verdades sobre gestação e parto.
Aprendi, por exemplo, que se a mulher teve uma primeira cesárea pode, sim, ter parto natural na segunda gestação. Que é super possível que se tenha parto natural sem intervenção, sim. Outro mito que a mulherada lá me esclareceu é o do bebê grande, que eles também nascem por parto natural. Que cada caso é um caso e deve ser analisado em sua particularidade, que não se pode – nem deve – generalizar nada.
Também aprendi, ouvindo os relatos dessa mulherada e da Janaína de Paula Farias, que além de professora e sócia da Devi e doula, o quanto a prática da Yoga vai além do tapetinho também para as gestantes. Que elas chegam ali querendo trabalhar o corpo, diminuir a ansiedade e melhorar a respiração, tão importante para o momento das contrações.
Pra quem nunca quis viver o universo da gestação, veja tudo o que aprendi! E tem mais!
Aprendi que as contrações vêm em ondas e pausam! E que se, entre a onda e a pausa, ela consegue conectar com o que ela fez no tapetinho, tudo flui melhor.
Mas lindo mesmo é ouvir os relatos sobre pertencimento, sobre o quanto elas encontram nas turmas de gestantes a sua ‘tribo’ do momento. Como nesse espaço sagrado, elas compartilham informação, esclarecem dúvidas e que vão dando apoio e suporte umas as outras. Sobre tudo! Da gestação à amamentação, do parto aos primeiros passos, da libido à depilação.
Mas essa rede apoio não é exclusiva das gestantes.
Entre a galera que pratica ali, há muita troca. Compartilhamos muito e recebemos mais ainda. E tudo isso vai nos fazendo viver o Yoga além das posturas e ásanas, nos fazendo vivenciar essa prática milenar em seu propósito maior: amor, respeito, verdade, compaixão. Um mix de sentimentos que vai se espraiando para todas as esferas da vida, se estendendo aos outros e ao nosso entorno, e irradiando pro mundo.
Encerro esse post com as palavras lindas de Anandamurti, que traduzem exatamente o que transborda ao final de cada prática no tapetinho roxo da Devi. “Que todos sejam felizes, todos sejam bem livres, assim é o amor. Livres de todo sofrimento, todo ressentimento, de toda forma de dor. Que todos sejam felizes, todos sejam bem livres, estejam todos em paz”.
Namastê _/\_
PS: Leia também os posts Conexão muito além do tapetinho e Yoga muito além do tapetinho roxo, que iniciaram a séries de posts sobre a vivência e prática do Yoga na Devi Yoga.