Post atualizado em Novembro de 2020.
Vênus simboliza a força de ver e reconhecer beleza e atribuir/relacionar valor a nós mesmos e aos outros. De amar, portanto. O quê? Tudo que retroalimenta e nutre a alma com significado.
São arquétipos de Vênus o impulso do amor, do desejo, da beleza, do prazer, do valor, do significado. A capacidade de atrair e ser atraída, de amar e ser amada, de procurar e criar beleza e harmonia, de relacionar. De relacionar coisas e pessoas. Do flerte, De ver e reconhecer beleza nas coisas que lhe cercam. Da sensualidade. Da experiência artística e estética. Da beleza. O mito de Afrodite.
ASSOCIAÇÕES COM VÊNUS
> Essa força anima em nós as paixões, nosso gostos, amores e desejos, que têm a função de nutrir e retroalimentar a alma com aquilo que ela mais anseia: o que tem/traz significado. Porque significado é o que torna fértil o solo da criação e faz com que a essência floresça e dê frutos. Ao atender nossos gostos e paixões, somos recompensados com prazer e (mais) significado.
> Do respeito aos gostos, afinidade, paixões, nasce a autoestima que leva às escolhas mais amorosas e que fazem sentido, as que honram e retroalimentam a essência e nos fazem florescer. Desta consciência Venuslicious nasce a postura de reverência e paixão pela vida. E de ver beleza na natureza de cada pessoa, lugar, objeto, ou o que for, tal qual é.
> “Paixão é o motor de quem encontrou sentido na vida e significado naquilo que faz”, diz o publicitário Arthur Bender na obra ‘Paixão e Significado da Marca’. Especialista em branding, ele defende veementemente que gente que ama o que faz produz mais, entrega mais e é imbatível. Eu ainda acrescentaria nessa lista que estas pessoas são mais feliz, sentem mais prazer, veem mais beleza no que fazem e produzem (amam mais, portanto) e se sentem mais recompensadas. Tudo super venusiano.
‘O principal de tudo é gostar do que se faz. Essa foi uma lição que aprendi na minha vida profissional e de que nunca esqueço. Procuro sempre me divertir com o que faço, nos negócios ou fora deles, porque acho que essa é a melhor maneira de viver a vida’
Richard Branson
> Ao atender nossos gostos e paixões, somos recompensados com prazer e significado. E evitamos cair no triste ciclo da obrigação por contrato. Dinheiro algum compensa a ausência de sentido no que manifestamos, criamos, fazemos. É da ausência de significado que surge o vazio. A insatisfação e a reclamação constantes. O vitimismo. E, pior ainda, a indiferença zumbi pelo cotidiano. O pavor às segundas-feiras e a contagem regressiva pelas sextas-feiras. Aliás, a sexta foi batizada com esse nome em homenagem a Freya, a deusa nórdica que relacionamos à Vênus.
> Apreciar e escolher o que lhe atrai e faz bem é uma arte! É um exercício venusiano para a autoestima, pois mostra que você tem consciência do que retroalimenta sua essência e lhe faz bem. Do que nutre a sua alma e faz seu jardim, fértil, rico e florescer. Por isso, querer manter o que já não tem mais valor/significado pra nossa vida faz tão mal pra gente.
> Diz o iogue Paramahansa Yogananda que as funções de Vênus correspondem à Substância Negra no cérebro, a parte que responde pela produção da Dopamina. Sim, o famoso neurotransmissor associado, entre outras coisas, ao prazer, à recompensa, ao bem-estar.
PS: todo arquétipo planetário carrega ambas modulações feminina e masculina, independente do gênero da deidade que lhe dá nome. E também pode se manifestar/expressar tanto de forma positiva como problemática.
Imagem: Chris Barbalis/Unplash