Você sabia que, desde os tempos antigos, o riso e a comédia sempre foram ligados à liberdade e à democracia? Aham!
Aprendi isso em 2007, no Sarau de Ideias, uma das minhas muitas inventações nessa vida.
Eu e a publicitária Roberta Scheffer, uma aquariana criativa e conectada ao que acontece no seu entorno e no mundo, criamos esse sarau com a ideia de dialogar com amigos temas que iam de música e viagens à máquina dos desejos. A Rô até criou essa logo linda aí para o nosso sarau!

Pois foi num desses saraus que aprendi que, desde os tempos antigos, o riso e a comédia sempre foram ligados à liberdade e à democracia. E que foi na Grécia Antiga que a comédia foi relegada a um segundo gênero de representação da vida, por não permitir controle por parte do Estado – que fazia isso (muito bem feito) através da tragédia.
Depois, na Idade Média, “os pensadores da Igreja dessacralizaram o riso, banindo-os das formas aceitas do culto religioso e da liturgia”, como conta José Rivair Macedo em seu livro Riso, Cultura e Sociedade na Idade Média. Exatamente porque o riso é um antídoto ao medo, ao temor.
Nessa mesma obra, o autor diz que, mesmo marcada pelo grande poder na Igreja, a Idade Média foi também palco de “manifestações de vitalidade e alegria abertas à fantasia e evasão, ao prazer e à festividade”. E que, “já naquele momento, o riso era um bom remédio contra a opressão, e um veículo de expressão da liberdade”.
Sendo o riso esse potente veículo contra a opressão e de expressão da liberdade, e porque aqui fora a coisa anda tão nonsense e hard, quem sabe a gente não possa usar mais o riso e o (bom) humor como ferramenta pra contrapor as forças que tentam impor controle e acabar com a liberdade e a democracia através do medo, atualmente?
Vamos ampliar o riso pra propor mudança e fazer o mudo avançar?
Pensar isso tudo me fez lembrar de alguns místicos e de Dalai Lama, sempre com um sorriso no rosto.
Imagem abertura: Matheus Bertelli/Unplash