Amanhã estreia nos Estados Unidos uma série que estou suuuper ansiosa e entusiasmada pra conhecer. É American Gods, que me arrepiou braços e pescoço, quando assisti ao comercial na TV enquanto estive em Miami esse mês.
Olha só que trama incrível a do genial Neil Gaiman!
Ela narra a batalha que será travada entre os antigos deuses, que vieram para a América junto com seus colonizadores, e as novas figuras míticas, a saber a Mídia, a Internet e a Corporação. Uma ideia sensacional, nénão?!
Pois Neil Gaiman escreveu sua obra American Gods enquanto fazia uma road trip, percorrendo estradas secundárias e cidades norteamericanas que nem sempre estão indicadas nos mapas e guias famosos. Conta ele que fez isso para conhecer, descobrir, desvendar intimamente o país que fora então morar, os Estados Unidos. O que ele queria era compreender sua nova casa.
E não é que é bem assim, mesmo?
Minha primeira road trip nas estradas da América me ajudou a conhecer muito mais o país em que eu passava uma temporada. Tendo como motorista meu Big Bro, que me recebeu e acolheu durante essa estada, a viagem foi igualmente desbravadora e me oportunizou vivências muito além das paisagens. E um super mural de fotos! Te enviei algumas, lembra? 🙂
Saímos de Charlottesville, na Virginia, e fomos até Atlanta, na Georgia, passando pela Carolina do Norte e Carolina do Sul. Foi assim que acabei conhecendo diferentes os bairros de Charlotte, visitando o museu da BMW e posando pra foto ao lado de um caminhão da Baskin Robins – eu amaaava esse sorvete naquela época.
Em Atlanta, conhecer a CNN por fora e por dentro foi uma super emoção, afinal eu ainda atuava como jornalista naqueles tempos. Também foi ali que pude visitar uma loja e café da NBA e fotografar o tênis número 54 (!!!) do então jogador Shaquille O´Neil. Não pra mim, mas pra mandar a foto pelo correio (porque não havia nada digital na época, kkkk) pro mano caçula no Brasil, fã de basquete e dos jogos da NBA.
Outra vivência incrível foi assistir um jogo do Atlanta Braves, time de baseball da cidade, que disputava a semifinal naquele ano. Até hoje lembro do astral no estádio, as músicas que a torcida entoava, a festa nos corredores a cada intervalo (lembro que foram vários)…
Fecho os olhos e posso sentir a energia vibrando em mim. E sabe o que foi mais legal? Não havíamos planejado ir no jogo e sequer pensávamos nisso. Mas aí, ficamos sabendo e decidimos arriscar. Fomos pro estádio e pah! Baita jogo! Baita conexão!
Outra road trip que fizemos, bem mais curta, foi dentro do estado da Virginia. Assim, conheci Virginia Beach, a capital Richmond com seus monumentos e o Bush Gardens, parque de montanhas russa.
Oi? Montanha russa e eu? Pois é…
Acho que foi essa energia de pegar a estrada e se aventurar que me levou a encarar três (!!!) , mesmo não sendo do tipo adrenalina-aventura at all.
Escrevendo isso tudo percebo que pegar a estrada tem mesmo alguma magia, um poder, algo que nos incita a desbravar caminhos e também nossas entranhas, compreender o que funciona ou não de fato pra nós.
Aliás, isso me lembra o fantástico Elisabethtown, filme do diretor Cameron Crowe, Ele super mostra isso! Se você ainda não viu, super indico que faça! As metáforas, a trilha, os diálogos e um mapa de viagem incrível conduz o protagonista a uma road trip linda, sensível, humana, transformadora! Amo, amo, amo!
Talvez seja essa conexão que me tornou tão fascinada com viagens de carro, com as tais road trips. É incrível, mesmo, quantas (auto) descobertas fazemos enquanto vamos desbravando estradas e conhecendo pelo caminho.

