Ontem escrevi sobre a energia do céu, como ela irá nos colocar cara a cara com os sentimentos mais viscerais e profundos – e também com os tabus sociais e as crenças – que colorem o nosso olhar nos próximos 13 meses.
Pois isso me levou a refletir sobre o quanto é subjetivo esse nosso olhar. No quanto os olhos do observador tanto podem ver beleza e arte naquilo que observam, mas também feiura, confusão, preconceito e imoralidade. E o que vai definir o que ele enxerga é aquilo que carrega dentro de si. Assim, o observador sempre enxerga o que dispõe em seu interior. O que me remete à exposição Queermuseu, que visitei no final de agosto aqui em Porto Alegre.
Fazia pouco mais de uma semana que eu estivera na exposição quando ela foi suspensa. Fiquei surpresa, pois não havia visto nada imoral lá. Sim, havia obras impactantes, provocativas de uma forma que realmente não dialoga e conecta comigo. E portanto, foram tão indiferentes pra mim, que tudo que fiz foi seguir adiante sem nelas me prender. Mas por lá havia tanta provocação bela e significativa aos meus olhos, que ressonavam com os signos e símbolos zodiacais! Tantas que, depois de perguntar se era permitido, fotografei pra compartilhar aqui.
A ideia era fazer um post associando obras aos signos. Mas acabei demorando pra fazer isso, e a exposição fechou. O tempo passou e não é que tal atraso se tornou aliado? Porque hoje o post ganhou outra intenção, super alinhado ao momento tão significativo energeticamente que ingressamos – obrigada Uni (verso)! Um que seremos convidados a jogar luz e encarar tabus, preconceitos, sexo, gênero pelos próximos 12 meses. Algo que Queermuseu é só o começo.
Aliás, como astróloga, devo dizer que Queermuseu e suas obras estão alinhadas ao espírito do tempo deste momento – dando forma e trazendo à tona anseios psíquicos de uma determinada época latentes na Alma Mundi, no grande oceano do inconsciente coletivo. Esse é o papel dos criadores da arte, da moda, do cinema, do design, da música: canalizar e expressar anseios que estão no inconsciente coletivo de um tempo, e assim provocar e instigar reflexão. Bob Dylan que o diga, pois é um mega exemplo disso.
Dito isso, deixo aqui mais imagens da exposição Queermuseu, acompanhadas das palavras de Anais Nin. “Não vemos as coisas como elas são, mas como somos”.